Podcast baseado no livro gestão de carreiras por competências no serviço público brasileiro, contrapondo modelos tradicionais e modernos. O texto aborda a evolução histórica da noção de carreira, a importância do desenvolvimento de competências individuais e organizacionais, e a necessidade de integrar a gestão de carreiras com o planejamento de recursos humanos e a avaliação de desempenho. Propõe-se um modelo de desenvolvimento gerencial baseado em trilhas de aprendizagem como estratégia para aprimorar as competências dos gestores públicos e profissionalizar a administração. A obra também discute os desafios e as possibilidades de implementar a gestão por competências no setor público, considerando o contexto legal e cultural existente. Autores: nielson Barbosa da Silva, Ana Carolina Kruta de Araújo Bispo e Simone Maia Pimenta Martins Ayres.
Este podcast baseado no livro "Conversas Difíceis" explora as complexidades da comunicação em situações delicadas, oferecendo estratégias para transformar conflitos em oportunidades de compreensão e crescimento. Baseado em pesquisas e influenciado por diversas disciplinas, o livro aborda a importância de reconhecer as diferentes perspectivas, intenções e sentimentos envolvidos nas interações humanas. Os autores enfatizam a necessidade de substituir a culpa pela contribuição, promovendo um diálogo de aprendizado que fortaleça os relacionamentos. Ao examinar os Diálogos do "O que aconteceu?", dos Sentimentos e da Identidade, o livro capacita os leitores a expressarem-se com clareza, ouvirem com empatia e abordarem as conversas difíceis com maior confiança e integridade. O "Harvard Negotiation Project" contribuiu com casos reais para ajudar a desenvolver uma teoria por meio da experiência para melhorar os relacionamentos. Em essência, o livro oferece um guia prático para abrir portas e obter mais satisfação em qualquer tipo de relacionamento. Autores: Doug, Bruce & Sheila.
Este podcast com material da do Enap (2019) explora a evolução dos modelos de administração de pessoal no Brasil, culminando na gestão por competências como uma abordagem moderna. O material aborda a transição da administração burocrática para a gerencial, detalhando a implementação e os fatores críticos para o sucesso da gestão por competências na administração pública. Além disso, discute a gestão estratégica de pessoas, o alinhamento de competências com objetivos institucionais e instrumentos como avaliação de desempenho e banco de talentos. O módulo apresenta a Receita Federal do Brasil como um caso de sucesso na aplicação desse modelo.
Este artigo científico explora a aplicação da análise profissiográfica e do mapeamento de competências nas instituições de segurança pública no Brasil. Os autores argumentam que a integração dessas duas metodologias pode aprimorar significativamente a gestão de pessoas, desde a seleção e treinamento até a avaliação de desempenho dos profissionais. Através de uma revisão bibliográfica, o trabalho discute a importância de identificar os requisitos e as competências necessárias para o desempenho competente em cargos policiais, visando a profissionalização e a melhoria dos serviços prestados à sociedade. A pesquisa aponta para uma carência de estudos que combinem essas duas abordagens no contexto da segurança pública, propondo a sua articulação como uma ferramenta estratégica para o setor.
O trabalho explora a Gestão por Competências como um mecanismo crucial para alinhar os funcionários com as metas organizacionais, aumentando o engajamento e impulsionando o desempenho. Ele traça a evolução da gestão de pessoas e da área de Recursos Humanos, destacando a importância das mudanças e da valorização dos indivíduos dentro das empresas. Um estudo de caso sobre a empresa Vale do Rio Doce ilustra as práticas atuais, embora a análise sugira oportunidades para uma aplicação mais ampla da gestão por competências em todos os processos de RH. A conclusão reforça que a gestão por competências é uma ferramenta essencial para identificar e desenvolver talentos, beneficiando tanto o indivíduo quanto a organização.
Este podcast aborda a importância da gestão de pessoas e do engajamento dos funcionários como um diferencial estratégico para as organizações. Eles exploram a evolução dos modelos de Recursos Humanos, passando de uma abordagem focada em tarefas e controle para uma visão mais estratégica, que reconhece os colaboradores como um capital intelectual essencial. As fontes também discutem o papel fundamental da liderança em motivar, guiar e desenvolver talentos, destacando as características e habilidades necessárias para uma liderança eficaz em diferentes contextos, incluindo a gestão de conflitos, a comunicação e a inovação. Além disso, mencionam a relevância da gestão por competências e outras ferramentas para otimizar a performance organizacional e a retenção de talentos.
Gestão de Pessoas em seis fases históricas, mostrando como a ideia de melhoria contínua se encaixa nesse processo.
Administração de Pessoas (década de 1920): Inspirada em Taylor, foco era produtividade via controle rígido. Trabalhador visto como máquina. Nada de participação ou criatividade.
Relações Humanas (década de 1930): Influência da Experiência de Hawthorne. Percebe-se que fatores sociais e psicológicos influenciam o desempenho. Surge o "homem social".
Burocracia (Weber): Regras claras, impessoalidade e meritocracia. Mas a rigidez trava a inovação e aliena o trabalhador.
Comportamental (décadas de 1950-60): Avanço com foco em motivação (Maslow, Herzberg). Ambientes que estimulam participação ganham destaque.
Sistêmica (década de 1970): Organização como sistema interligado. Pessoas são parte central e adaptável. Melhorias devem ser integradas e coletivas.
Contingencial (década de 1980): Não existe fórmula única. Gestão deve se adaptar ao contexto. Flexibilidade é a chave.
Estratégica (1990 até hoje): Gestão de pessoas vira peça estratégica. Foco no talento, competências, inovação e aprendizado contínuo.
A diferença clara entre Administração de Pessoas (burocrática e reativa) e Gestão de Pessoas (estratégica, proativa e participativa) mostra que a melhoria contínua é um traço das abordagens modernas.
Essas melhorias acontecem em três níveis:
Estratégico (alta gestão): Cultura, liderança, visão de longo prazo.
Tático (chefias): Motivação, competências, comunicação, treinamento.
Operacional (supervisores e RH base): Rotinas, clima, sugestões práticas, retenção de talentos.
A melhoria contínua virou um pilar da Gestão de Pessoas moderna, movida pela valorização do ser humano, flexibilidade, inovação e integração. É o oposto da visão mecânica do passado. É sobre adaptar, melhorar e engajar — o tempo todo, em todos os níveis
A Academia de Polícia Civil de São Paulo (ACADEPOL) promoveu uma aula sobre a importância e os desafios da liderança na instituição. A apresentação abordou desde conceitos fundamentais até estilos contemporâneos e a aplicação prática no contexto policial.
A aula iniciou diferenciando chefe de líder e destacando que liderança é a atividade de influenciar pessoas para que se empenhem voluntariamente em objetivos de grupo. Foi ressaltada a diferença entre poder, definido como a prerrogativa hierárquica de obrigar alguém a seguir sua vontade, e influência, a capacidade de afetar o comportamento ou decisões de outros, com ou sem autoridade formal. A discussão também abordou se a liderança é um talento natural ou uma competência adquirida, concluindo que todos nascem com potencial para liderar e podem aperfeiçoar essa capacidade.
Foram apresentadas diversas teorias de liderança, incluindo:
Teoria do Grande Homem
Teoria dos Traços
Teorias Comportamentais (Ohio State, Michigan)
Teoria de Contingência de Fiedler
Teoria Situacional de Hersey-Blanchard
Teoria Path-Goal de House
Teorias Transacional e Transformacional
Liderança Servidora, Autêntica, Ética, Adaptativa, Distribuída, Emocional, entre outras.
A aula detalhou alguns estilos clássicos e contemporâneos:
Liderança Autocrática: O líder centraliza o poder e a tomada de decisões, sendo eficaz em situações que exigem respostas rápidas.
Liderança Democrática (Participativa): O líder inclui a equipe nas decisões, valorizando a participação de todos. É um estilo sugerido para a investigação criminal. Suas desvantagens podem incluir processos mais lentos e perda de autoridade.
Liderança Liberal (Laissez-faire): Caracteriza-se pela delegação excessiva e ausência do líder, com a regra típica de "faça do jeito que quiser, mas traga resultados".
Liderança Situacional: O líder adapta seu estilo conforme a maturidade dos subordinados e a complexidade da tarefa, podendo ser direcionador, orientador, apoiador ou delegador.
Liderança Transacional: Focada na troca, estrutura, resultados e recompensas, com supervisão contínua e intervenção em caso de desvios.
Liderança pelo Exemplo: O líder pratica o que prega, sendo referência para seus liderados, pois não há liderança sem credibilidade. A essência da liderança é dar o exemplo.
Liderar policiais civis apresenta desafios únicos. A mentalidade do líder policial vai além de comandar; é inspirar pelo exemplo e guiar com propósito. Exige decisões rápidas em situações críticas e uma liderança adaptativa devido ao perfil heterogêneo dos policiais.
As ferramentas da liderança policial incluem:
Hierarquia e Disciplina
Missão e Propósito
Valores e Influência
Comprometimento
Colocar a "pessoa certa no lugar certo".
Foram mencionadas a "Síndrome do pequeno poder", uma atitude de autoritarismo ao receber poder, e a "Síndrome da presunção", ou "doença do poder", que afeta quem ocupa o comando por tempo demais, perdendo o contato com a realidade.
A importância da imagem institucional foi enfatizada, com dados do Índice de Confiança Social (ICS) de 2024 mostrando a posição da polícia em relação a outras instituições. O marketing boca a boca, tanto online quanto offline, foi destacado como crucial, já que 92% dos consumidores confiam mais em recomendações de amigos e familiares do que em publicidade. Além disso, 74% dos consumidores identificam o boca a boca como fator chave na decisão de compra.
Considerando as 1.450 unidades oficiais da Polícia Civil e os 645 municípios atendidos, um mau atendimento semanal em cada unidade pode gerar um impacto negativo significativo na percepção pública. Se uma pessoa sai insatisfeita por semana de cada uma das 645 unidades, ao longo de 54 semanas, isso totaliza 34.830 atendimentos mal avaliados. Esse número, multiplicado por 10 (pessoas que saberão diretamente), chega a 348.300, e se cada uma dessas contar para mais 10, o impacto indireto pode alcançar 1.741.500 pessoas.
A aula concluiu com sugestões práticas para líderes e liderados:
Respeitar o tempo dos outros.
Não levar problemas secundários ao chefe se houver condições de resolvê-los.
Em situações críticas, comunicar o mais rápido possível, pois más notícias não melhoram com o tempo e a demora reduz a capacidade do chefe de ajudar.
"Não mate o mensageiro de más notícias".
Para gerar comprometimento: construa confiança, dialogue de verdade, selecione com sabedoria e reconheça talentos.
O propósito de ser policial foi reiterado como garantir justiça e fazer a diferença na vida das pessoas, lembrando o juramento de respeitar e aplicar a lei, lutar contra a criminalidade e defender a sociedade e os cidadãos, arriscando a própria vida se necessário. A mensagem final foi de perseverança: "Um vencedor é apenas um perdedor que tentou mais uma vez".
A Polícia Civil do Estado de São Paulo está focada em modernizar sua gestão, e um dos pilares dessa transformação é a Gestão por Competências (GpC). Mais do que um jargão, a GpC é uma ferramenta estratégica que visa alinhar as capacidades individuais dos policiais aos objetivos da instituição, garantindo maior eficiência e resultados.
A GpC é um modelo de gestão estratégica que busca planejar, captar, desenvolver e avaliar as competências necessárias para que a organização atinja suas metas. No contexto da Polícia Civil, isso significa garantir que cada servidor possua o CHA – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes – indispensáveis para o desempenho de suas funções e para o alcance dos objetivos institucionais.
É importante diferenciar:
Gestão POR Competências: O foco está na estratégia da organização, e toda a gestão é orientada pelas competências que a instituição precisa para alcançar seus objetivos.
Gestão DE Competências: É uma prática dentro da gestão de pessoas, focada em gerenciar e desenvolver as competências dos indivíduos ou grupos ao longo do tempo.
O termo "competência" teve sua origem no âmbito jurídico, mas com o tempo, passou a qualificar a capacidade de um indivíduo para realizar um trabalho. A grande mudança ocorreu a partir dos anos 1980, quando as organizações passaram a valorizar pessoas autônomas, proativas e alinhadas à estratégia, em vez de apenas o "tempo de casa".
O marco dessa revolução foi o psicólogo David McClelland, que em 1973 publicou o artigo "Testing for Competence Rather Than Intelligence". McClelland defendia que o sucesso organizacional depende de contratar pessoas cujos conhecimentos, habilidades e atitudes estejam alinhados aos objetivos da instituição. Ele propôs que, em vez de testar a inteligência, deveríamos avaliar as habilidades práticas e o que a pessoa realmente faz e entrega.
O modelo tradicional de gestão, focado em tarefas e cargos, treinamento genérico e um gestor controlador, não atende mais às demandas atuais. A GpC na Polícia Civil busca um novo paradigma, com foco em pessoas e resultados, desenvolvendo o potencial de cada um e promovendo uma cultura de liderança e desenvolvimento.
Benefícios da Gestão por Competências:
Recrutamento e seleção mais assertivos.
Avaliações de desempenho mais justas e focadas.
Programas de treinamento e desenvolvimento direcionados.
Melhoria do clima organizacional e fortalecimento da imagem institucional.
Alinhamento com os objetivos organizacionais.
Otimização de talentos, colocando a pessoa certa no lugar certo.
Melhora do desempenho e produtividade.
Criação de uma cultura de desenvolvimento contínuo e de resultados.
Apesar de ser um conceito com quase 50 anos, a administração pública, incluindo a policial, ainda engatinha em sua aplicação efetiva. A Polícia Civil busca superar esse desafio, adotando a GpC como um caminho para o futuro da segurança pública.